Acabou o meu xampu e fui usar o do meu primo. Estava no fim e acabei por terminá-lo. Pensei, vou comprar outro daqui a pouco, pois ele chega e quer banhar. Então olhei as especificações, marca, etc... Dizia, “cabelos frágeis, primeiros sinais de queda”. Puts! Meu primo tá velho?! Qualé?!! De súbto, o sentimento de vitória - a densa compreensão do sucesso alcançado - apoderou-se de mim. Caramba! – nos matemos vivos, apesar dos pesares, por trinta anos... Sim, temos a mesma idade. Eu, Fábio, e ele, Higor. Um como cada qual. Uma vitória! A vitória, cujo troféu é a vida; pura! Mas, o cabelo dele tá caindo!? Que importa! A vida é trancos e barrancos, isso, desvelada! Na real, tudo é improviso! Foi, venceu! Minhas lentes maduras me dizem que aquele xampu é bom, um bom sinal que é o de que há quem o use! Sem essa de que ele psicossomatiza chagas e isso reflete-se no couro cabeludo. Um otimismo sensato – indefectível!... É, é! – pronto!
Meu primo, das minhas reminiscências loucas! Quando no pasto dos bois pegamos estrume com um pau e corremos a ameaçar de encostar aquele fedor um no outro... quando de acidente encostei no rosto, dentro das narinas dele. Que ruim! Uma imprudência de moleque – mas que é louvor e bênção; dom de inocência malandra que participa do divino, sempre perdoada! Graça de verdade, esquecida de adulto e que se chama felicidade, rende tratados e, em permanente, nunca é alcançada: conceitual ou existencialmente...
Ai de nós depois da madureza!
Maringá, 07/08/2010, 21horas e 47 minutos.
domingo, 5 de setembro de 2010
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