segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Desencontro

Essa madrugada, após perambular procurando diversão, socialização e fraternidade - ou melhor, procurando humanidade para além de relações formais, mercadológicas e inevitáveis (características dos dias semanais, de trabalho) - eis que, às quatro da manhã encontrava-me em um quiosque de lanches, a pedir um X-Salada. Não conhecia ninguém, apenas via pessoas acompanhadas, superficialmente felizes, inconscientes do desencontro essencial de suas vidas, outras distraídas... Enfim, disse a mim mesmo: “tudo certo no deserto.” Contudo, de repente algo desperta em mim um contentamento sublime, instaurando novo fôlego em meu coração. É que vi um casal se beijando, muito graciosamente. É amor! - pensei. A luz daquela magia me iluminou o semblante desacreditado e olhei o casal com o nobre intuito de saudá-los com um sorriso aprovador! Foi aí que o namorado olhou pra mim e bradou valente: “se você perdeu algo aqui, vai encontrar já já!”...

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