Seu odor está em toda parte. Asfixiando, cortando, colando... Movendo, se confunde com o próprio movimento. A Decadência é um conceito complexo; não significa simplesmente a ruína dos ideais que moviam o mundo, mas, acima disso, a sua substituição. Pelo que? Depende de lugar, tempo, circunstâncias: o relativismo brilha nas trevas contemporâneas como um axioma lunar! Um primeiro sintoma de declínio da civilização ocidental foi a crescente visita ao ocidente: apropriamo-nos de sua medicina, de sua música, de sua culinária, de sua cultura. Hoje, compramos Yoga e Yakisoba em cada esquina de nossas capitais. Mas tal fenômeno não foi suficiente para oferecer ao ocidente uma efetiva mudança de paradigma existencial; apenas contribuindo para tornar nossa (auto)imagem mais caótica e fragmentada.
Diante dessa realidade que se dilui para se converter em nada, que devemos esperar? O sangue com o qual foi escrita a História, sempre foi justificado pela idéia de progresso. E agora que tudo se converteu em piada de mau gosto? Onde acharemos fôlego para continuar nosso carnaval espaço-temporal? Que deus terá ainda a coragem de nos permitir que o cultuemos? A ciência, trôpega, desprestigiada, não oferece mais abrigo. A fé parece ser a única possibilidade de ação humana. Onde encontrá-la sem se auto-ridicularizar?
sábado, 1 de maio de 2010
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